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Treze tartarugas-verde aparecem nas redes durante a pesca da tainha em Itapirubá

11/05/2021

Os pescadores artesanais trabalham em conjunto com o projeto Caminho Marinho na missão de salvar as tartarugas. Elas foram monitoradas e reencaminhadas ao mar

 

Durante a tradicional pesca da tainha ocorrida na Praia de Itapirubá, Imbituba, na manhã desta terça-feira (11), treze tartarugas-verde (Chelonia mydas) apareceram nas redes de pesca. O projeto independente Caminho Marinho, que realiza o monitoramento constante da atividade das tartarugas na região, esteve na praia e fez a biometria (medição), registros fotográficos, amostragem e marcação das mesmas. Em seguida, com a colaboração dos pescadores artesanais, os animais - quatro deles já conhecidos pelo instituto - retornaram ao mar.

 

Segundo explica Gustavo Baila, Professor da FURG (Universidade Federal do Rio Grande), fundador do Caminho Marinho, os pescadores artesanais locais tem muito respeito pelas tartarugas marinhas. "Infelizmente, pessoas sem conhecimento acabam julgando os pescadores sem saber todo o conhecimento, esforço e dedicação que os mesmos tem em relação ao cuidado delas", diz. O Caminho Marinho atua desde 2010 junto aos verdadeiros pescadores artesanais do Sul de Santa Catarina, principalmente em Itapirubá, uma parceria de longa data.

Os pescadores não foram surpreendidos com a aparição delas; é um trabalho em conjunto. Eles fazem a função do arrastão à praia, um vigia trabalha em plantão enquanto há sol e, em paralelo, uma equipe do Caminho Marinho fica disponível para fazer o acompanhamento diário. "É fundamental lembrar que essas tartarugas estão ameaçadas de extinção, principalmente pela grande quantidade de resíduos sólidos, de lixo, que acaba chegando no mar. Esses também flagrados pelos próprios pescadores que tentam salvá-las", complementa Gustavo.

 

As atividades do projeto envolvem a avistagem desde pontos fixos pré-determinados, acompanhamento da atividade de pesca artesanal e porventura realizam esforços de captura intencional (quando utilizam redes especiais para monitoramento de tartarugas). O Programa de Monitoramento em Longo Prazo de áreas chave para tartaruga-verde Chelonia mydas é coordenado pela FURG, através do Laboratório de Estatística Ambiental e executado no Sul de Santa Catarina pelo Projeto Caminho Marinho.

 

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